quarta-feira, 25 de novembro de 2020

Ministério Público do RS cumpre mandados de busca e apreensão em investigação de crimes eleitorais em São Francisco de Assis

O Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta quarta-feira (25), a Operação Espinhos, cumprindo mandado de busca e apreensão expedido pela 79ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Sul em cinco endereços, no município de São Francisco de Assis. A investigação tem por objeto possíveis irregularidades civis e criminais ocorridas na campanha eleitoral municipal de 2020, como a captação ilícita de sufrágio, o abuso de poder econômico, condutas vedadas a agentes públicos em período eleitoral, corrupção eleitoral (ativa e passiva), associação criminosa e transporte de eleitores no dia da votação. Foram apreendidos celulares, documentos, anotações e HD externo.

Imagem: Ministério Público RS
 Segundo informações obtidas pelo MP, em investigação coordenada pelo promotor Eleitoral Vinícius Cassol, os investigados teriam prometido ou efetivado o pagamento de despesas, além do fornecimento de combustível e entrega de cestas básicas da Secretaria de Desenvolvimento Social, tudo com vinculação a candidatos de uma determinada coligação.

Até o momento, o promotor estima um aumento de aproximadamente 35% no número de cestas básicas fornecidas nos meses da campanha eleitoral, em comparação ao mês imediatamente anterior. Se a comparação for entre as médias dos primeiros seis meses da pandemia (de março a agosto de 2020) e dos três meses de campanha (setembro a novembro), o aumento ultrapassa os 40%.

Imagem: Ministério Público RS
 Após a análise do material apreendido na Operação Espinhos, que contou com a colaboração do Sistema Integrado de Investigação Criminal (SISCRIM), Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP) e Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério Público verificará a necessidade de novas diligências ou tomará as medidas judiciais cabíveis, caso os elementos colhidos sejam suficientes para a análise conclusiva dos fatos.

Fonte: Ministério Público do RS

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