O Ministério Público do estado do Rio Grande do Sul deflagrou na manhã desta quarta-feira (25), a Operação Espinhos, cumprindo mandado de busca e apreensão expedido pela 79ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Sul em cinco endereços, no município de São Francisco de Assis. A investigação tem por objeto possíveis irregularidades civis e criminais ocorridas na campanha eleitoral municipal de 2020, como a captação ilícita de sufrágio, o abuso de poder econômico, condutas vedadas a agentes públicos em período eleitoral, corrupção eleitoral (ativa e passiva), associação criminosa e transporte de eleitores no dia da votação. Foram apreendidos celulares, documentos, anotações e HD externo.
Segundo informações obtidas pelo MP, em investigação coordenada pelo
promotor Eleitoral Vinícius Cassol, os investigados teriam prometido ou
efetivado o pagamento de despesas, além do fornecimento de combustível e
entrega de cestas básicas da Secretaria de Desenvolvimento Social, tudo
com vinculação a candidatos de uma determinada coligação.
Imagem: Ministério Público RS
Até o momento, o promotor estima um aumento de aproximadamente 35% no número de cestas básicas fornecidas nos meses da campanha eleitoral, em comparação ao mês imediatamente anterior. Se a comparação for entre as médias dos primeiros seis meses da pandemia (de março a agosto de 2020) e dos três meses de campanha (setembro a novembro), o aumento ultrapassa os 40%.
Após a análise do material apreendido na Operação Espinhos, que
contou com a colaboração do Sistema Integrado de Investigação Criminal
(SISCRIM), Núcleo de Inteligência do Ministério Público (NIMP) e Grupo
de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o Ministério
Público verificará a necessidade de novas diligências ou tomará as
medidas judiciais cabíveis, caso os elementos colhidos sejam suficientes
para a análise conclusiva dos fatos.Imagem: Ministério Público RS
Fonte: Ministério Público do RS
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