O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (18), novo edital do Programa Mais Médicos para o Brasil
com 6.252 vagas em todo o país, incluindo 1.000 postos inéditos para a
Amazônia Legal. Com isso, além de repor profissionais nas localidades
que deixaram de ser atendidas nos últimos anos, no primeiro edital após o
anúncio da sua retomada, o programa busca expandir sua atuação nessa
região que historicamente enfrenta dificuldade para fixação de
profissionais na atenção primária.
As vagas estão distribuídas em 2.074 municípios e, nesta
etapa, os gestores das prefeituras devem indicar quantas vagas pretendem
preencher em cada localidade do total autorizado pelo edital. Na
próxima fase, em um novo chamamento, será a vez dos médicos se
inscreverem para a seleção com prioridade aos profissionais formados no
Brasil. “Um dos mais importantes méritos do programa Mais Médicos é a
prioridade para a formação no SUS, no trabalho das unidades básicas,
pois é no cotidiano dos serviços de saúde que são vividos os problemas e
construídas soluções, através de um processo de aprendizado
permanente”, destacou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sobre a
retomada do programa.
Essas são as primeiras de um total de 15 mil que serão
abertas até o fim do ano, chegando a mais de 28 mil médicos atuando no
país, garantindo acesso à saúde para mais de 96 milhões de brasileiros
na Atenção Primária, porta de entrada do SUS. O
reforço no atendimento às Unidades Básicas de Saúde é uma importante
medida, pois a atenção primária é responsável pelo acompanhamento da
situação de saúde da população, prevenção e redução de agravos. O
investimento por parte do Governo Federal neste ano será de R$712
milhões.
47% das vagas concentradas em regiões de alta vulnerabilidade
Para atender as regiões que mais precisam, o Programa Mais
Médicos utiliza critérios na distribuição das vagas como a situação de
vulnerabilidade social, maior dependência do SUS para o acesso da
população à saúde e a dificuldade de provimento de profissionais. Neste
edital, 47% das vagas foram destinados às regiões de alta
vulnerabilidade social - 1.118 vagas aos municípios de extrema pobreza e
1.857 para contemplar a categoria alta e muito alta de vulnerabilidade.
Outras 666 vagas (10,6%) estão indicadas para os municípios do G100, ou
seja, aquelas cidades com mais de 100 mil habitantes e baixo rendimento
per capita.
Em relação aos municípios de média vulnerabilidade, o
total é de 1.721 vagas, representando 27,5% do total do edital. As
outras 14,3% serão vagas de reposição para os demais municípios.
Parâmetros de distribuição de vagas
- Vulnerabilidade social de cada região;
- Locais de difícil provimento;
- Percentual da população dependente do SUS;
- Priorização de territórios de unidades básicas de saúde (UBS) que cobre as populações mais vulneráveis do país;
- Cobertura e composição da Saúde da Família nos municípios;
- População coberta pelo Programa Bolsa Família; e
- Pedidos de credenciamento de equipes e a condição de não ultrapassar o teto de credenciamento de equipes da APS.
SÃO FRANCISCO DE ASSIS está inserido no Perfil 4 - Grupo I do PAB.
Incentivos para a fixação dos médicos
Poderão participar dos editais do Mais Médicos
profissionais brasileiros e intercambistas, brasileiros formados no
exterior ou estrangeiros, que continuarão atuando com Registro do
Ministério da Saúde (RMS). Os médicos brasileiros formados no Brasil
continuam a ter preferência na seleção. O Governo Federal trabalhou com
melhorias para o atual modelo do programa. Os profissionais agora contam
com oportunidades de especialização e mestrado; benefícios
proporcionais ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e
regiões mais remotas; e direito a compensação do valor pago pelo INSS
para alcançar o valor da bolsa durante os seis meses de licença
maternidade, no caso das médicas que se tornarem mães. Os médicos que se
tornarem pais também terão direito a licença com manutenção de 20 dias.
Para atrair os profissionais brasileiros, o Ministério da
Saúde e o da Educação firmaram parceria para incentivar os médicos
formados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) que
terão ajuda para quitar o FIES. Até
o fim deste semestre, um segundo edital será publicado com 10 mil vagas
oferecidas em formato que prevê a contrapartida dos gestores
municipais. Essa forma de contratação garante às prefeituras menor
custo, maior agilidade na reposição do profissional e permanência nessas
localidades.
O Mais Médicos para o Brasil, criado em 2013 durante o
governo da presidenta Dilma Rousseff, representou uma importante e
inédita iniciativa de provimento de médicos. No entanto, nos últimos
quatro anos, o programa sofreu com a falta de incentivos - o ano de 2022
foi o período de maior desassistência profissional nos municípios.
Entenda o chamamento
Para disponibilizar as vagas aos municípios, o Ministério
da Saúde considerou o total de vagas autorizadas ao Mais Médicos
conforme dados do Sistema de Gerenciamento de Programas do Ministério da
Saúde e ainda as vagas ociosas dos programas de provimento, desocupadas
até a data de publicação do edital. O Ministério da Saúde listou os
municípios elegíveis à participação e os gestores locais precisam aderir
ou renovar o Termo de Adesão e Compromisso, de acordo com as regras
estabelecidas pelo Ministério, sob pena do não preenchimento das vagas
disponíveis.
Para isso, basta que os entes federativos acessem o Sistema de Informação e Gestão da Atenção Básica (e-Gestor AB) dentro
do prazo estipulado. A confirmação das vagas só é feita depois do
município indicar o número de vagas pretendidas por unidade básica de
saúde, respeitando o limite de vagas ofertadas para cada localidade,
conforme previsto no e-Gestor.
Participe
A Secretaria de Atenção Primária à Saúde publicará no endereço eletrônico: http://maismedicos.gov.br
a lista dos municípios com adesão renovada e as respectivas vagas
confirmadas de acordo com os Termos de Renovação ou de Adesão e
Compromisso celebrados. Os municípios que já participaram anteriormente
do Mais Médicos precisam garantir o cadastro atualizado para que seja
possível proceder com a validação e homologação dos médicos a serem
alocados em suas vagas. Vale lembrar que no âmbito do programa, as
gestões municipais possuem algumas responsabilidades, como garantir
moradia ao profissional do projeto, alimentação e água potável, além de
transporte adequado e seguro para o médico se deslocar para as regiões
de desenvolvimento das atividades nas unidades básicas de saúde nos
locais de difícil acesso.
Fonte: Ministério da Saúde / Governo Federal (link oficial AQUI)
Texto: Ministério da Saúde