A Secretaria Estadual da Saúde (SES) recebeu na manhã desta sexta-feira (11), o primeiro lote com 48 mil doses da vacina Pfizer para crianças de 6 meses à 2 anos de idade. A prioridade, neste momento, será para a imunização das crianças com comorbidades.
Do total de doses recebidas, 16 mil já começaram a ser enviadas aos municípios ainda nesta sexta-feira. As demais ficam armazenadas pela SES para as outras duas doses que compõem o esquema primário: duas doses iniciais administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose pelo menos oito semanas após a segunda.
O público total na faixa etária de maiores de 6 meses e menores de 3 anos no Rio Grande do Sul é estimado em 402 mil crianças. Por isso, serão agora priorizadas àquelas com doenças crônicas ou outros quadros clínicos que representam maior risco de agravamento ou até óbito no caso de contágio. A orientação do Estado aos municípios segue o preconizado pelo Ministério da Saúde.
Foto: SES | O Frasco da vacina Pfizer para crianças de 6 meses a 2 anos possui tampa cor vinho, para se diferenciar. |
A diretora do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), Tani Ranieri, comenta que, ao longo da pandemia, na medida em que a população de crianças retornou as suas atividades normais, foi observado um aumento do número de casos nesse público, com aumento no número de internações associadas à covid-19. “Embora as crianças não evoluam com tanta gravidade como nas faixas etárias mais velhas, nós também temos a Síndrome Multissistêmica Inflamatória, que se manifesta após uma infecção pelo coronavírus e tem levado a uma série de crianças apresentar um quadro mais grave, inclusive relacionado a óbito”, descreve.
Tani também ressalta que a vacinação das crianças pode ser uma boa oportunidade de aproveitar a presença dos pais os responsáveis no posto para a vacinação desse público também, visto que atualmente há quase 6 milhões de pessoas no RS com alguma dose em atraso, seja ela a segunda dose do esquema primário ou alguma das duas doses de reforço.
Logística de distribuição
O processo de distribuição das doses foi iniciado na manhã desta sexta-feira, quando o lote chegou de avião em Porto Alegre. Elas foram encaminhadas para a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi) da SES. No local, foram verificadas e divididas nas caixas para as 18 coordenadorias regionais, que fazem ali coleta do material, assim como a Secretaria de Saúde de Porto Alegre, que retira na Ceadi diretamente.
Os demais municípios podem realizar a retirada de seus quantitativos nas regionais, assim que chegue lá a remessa. O número de doses foi calculado proporcionalmente à população estimada, com o mínimo de 10 doses (que representa um frasco) por cidade. São Francisco de Assis receberá 10 doses do imunizante.
Início da aplicação das doses
Caberá a cada município definir o início da vacinação desse grupo. Como as doses são enviadas ao Estado ultrarrefrigeradas (a 80 graus negativos), em caixas térmicas, pode levar até 48 horas para o descongelamento dos frascos. Além disso, a Secretaria Estadual da Saúde orienta aos municípios estratégias de agendamento ou marcação, visto que um frasco após aberto deve ter as 10 doses aplicadas em até 12 horas.
Lista de comorbidades a serem consideradas para vacinação contra a covid-19 de crianças de 6 meses a menores de 3 anos (descrição completa no ofício abaixo):
- Diabetes mellitus
- Pneumopatias crônicas graves
- Hipertensão Arterial Resistente
- Hipertensão arterial estágio 3
- Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo
- Insuficiência cardíaca (IC)
- Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
- Cardiopatia hipertensiva
- Síndromes coronarianas
- Valvopatias
- Miocardiopatias e Pericardiopatias
- Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
- Arritmias cardíacas
- Cardiopatias congênita
- Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados
- Doenças neurológicas crônicas
- Doença renal crônica
- Imunocomprometidos
- Hemoglobinopatias graves
- Obesidade mórbida
- Síndrome de Down
- Cirrose hepática
Fonte/texto: SES RS
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