segunda-feira, 15 de setembro de 2025

COM A CHEGADA DO LA NIÑA, PREVISÃO DE ESCASSEZ DE CHUVA NO SUL

 Provável retorno do La Niña acende sinal amarelo para produtores da região Sul. 

Foto: Internet 
Os próximos meses prometem a chegada do fenômeno climático La Niña, o que já é motivo de preocupação entre produtores rurais. O fenômeno costuma causar seca no Sul do Brasil, chuvas acima da média no Norte e Nordeste, e instabilidade nas precipitações nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), referência no monitoramento dos fenômenos climáticos, há 71% de probabilidade de confirmação do La Niña, que pode começar a se formar em outubro e durar até fevereiro de 2026. A última ocorrência foi recente: entre dezembro de 2024 e abril de 2025.

No Brasil, Rio Grande do Sul e Santa Catarina devem ser os mais afetados pela mudança no padrão de chuva se o fenômeno retornar, diz Gilvan Sampaio, pesquisador e meteorologista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Segundo ele, ainda não é possível confirmar uma nova seca ou estiagem, “mas haverá uma redução das chuvas, e os agricultores devem se preparar para minimizar as consequências”. 

No caso dos gaúchos, os efeitos podem ser piores, visto que o setor ainda convive com reflexos de problemas climáticos anteriores.

O município de Jari, no oeste do Rio Grande do Sul, foi um dos mais afetados pela estiagem do verão na safra 2024/25, quando o mais recente La Niña estava em ação. 

O pequeno produtor Mateus de Vargas foi um dos prejudicados na região. Com uma lavoura própria de 10 hectares de soja e outros 20 hectares arrendados, ele teve uma quebra de 75% na colheita do grão na última safra.

“Se der uma nova seca neste ano, com a quantidade de gente que tem contas renegociadas no campo, vai ser uma quebradeira total para quem planta soja”, afirma.

Fonte/texto: Globo Rural

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