Segunda onda de calor de fevereiro no Sul do Brasil ganha força nesta semana com tardes escaldantes e será muito longa com tendência de seguir em março.
A MetSul Meteorologia alerta que a onda de calor que se inicia será muito longa, vai ganhar força e deve invadir o mês de março com possibilidade de as temperaturas muito altas persistirem durante a primeira semana do próximo mês.
Esta segunda onda de calor de fevereiro – a primeira durou entre os dias 2 e 12 deste mês – está associada a uma bolha de calor entre a Argentina, Uruguai, Paraguai e o Rio Grande do Sul, afetando ainda parte de Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Uma bolha de calor, também conhecida como domo ou cúpula de calor, é um fenômeno meteorológico caracterizado por uma área de alta pressão que permanece estacionada sobre uma região por dias ou até semanas.
Essa condição impede a movimentação de massas de ar mais frias e a formação de sistemas meteorológicos, como frentes frias, resultando no aprisionamento de ar quente próximo à superfície terrestre. O ar já quente, ao ser comprimido, aquece ainda mais, elevando significativamente as temperaturas locais. A formação de uma cúpula de calor ocorre quando massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma área de alta pressão que desvia sistemas meteorológicos ao seu redor.
A tendência é de marcas ainda mais altas no Rio Grande do Sul e nos países vizinhos neste começo de semana à medida que a bolha de calor tende a ganhar força com máximas muito elevadas em grande número de locais na porção central da América do Sul.
A previsão da MetSul Meteorologia indica que o pior do calor no Rio Grande do Sul na semana que começa deve ocorrer entre esta segunda e a quarta-feira na maior parte da cidades e ainda no final da semana em parte do estado com máximas à tarde próximas, ao redor e acima de 40ºC em grande número de municípios.
As regiões que mais devem sofrer com o calor nesta semana no território gaúcho são o Oeste, Noroeste, o Centro, a Campanha, o Sul, os vales, Porto Alegre e a região metropolitana.
Na segunda metade da semana, aumento de nuvens e ocorrência de pancadas de chuva devem fazer com que as máximas fiquem menores em diversas cidades, mas ainda assim deve seguir calor no território gaúcho com tardes quentes e bastante abafadas, o que vai favorecer as pancadas com temporais isolados.
EPISÓDIO DE CALOR INTENSO SERÁ MUITO LONGO
O episódio atual da onda de calor acima da média, o segundo deste mês de fevereiro, tende a ser longo. É o que indica a grande maioria dos modelos de previsão do tempo que tem projeções para 10 a 15 dias analisados pela MetSul Meteorologia.
Modelos usados internacionalmente, como o norte-americano GFS da NOAA ou o ECWMF do Centro Meteorológico Europeu, apontam que o calor intenso deve persistir na primeira semana de março, ou seja, o Carnaval no Sul do Brasil deve transcorrer com forte a intenso calor.
Tais modelos numéricos indicam que, embora o calor ceda por instabilidade em vários pontos na segunda metade desta semana, as temperaturas novamente se elevariam de forma acentuada no começo da próxima semana.
Diante desse cenário, é altamente provável que a primeira semana de março no Rio Grande do Sul tenha várias tardes de intenso a excessivo calor com cidades registrando máximas perto, ao redor e talvez acima de 40ºC em alguns dias.
Porto Alegre e região metropolitana estão entre os locais que os modelos numéricos hoje indicam a perspectiva de temperatura muito alta e bastante acima das médias históricas não apenas nesta última semana de fevereiro como também na primeira semana de março.
E ESSA ONDA DE CALOR NÃO VAI TER FIM?
Obviamente terá fim, mas vai demorar. Trata-se de um episódio atipicamente longo de temperaturas acima a muito acima da média que começa na última semana deste mês e se prolongará nos primeiros sete a dez dias de março.
Os mapas a seguir mostram as projeções do modelo de clima norte-americano CFS de anomalia de temperatura, o quanto deve desviar da média, com intervalos de cinco dias, para os estados do Sul do Brasil, até a metade de março.
É fundamental destacar que, embora a tendência seja de temperaturas acima a muito acima da média, por mais dez a quinze dias, em alguns dias pancadas de chuva e mesmo temporais podem fazer em diferentes cidades que as máximas não sejam tão altas, mas trata-se de alívio local e temporário.
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