
Esta letra concorreu para participar do Festival da Querência do bugio.
São Chico de 23
São Chico de 23
São Chico berço de tauras, cantado mais uma vez
Registra no seu passado o embate de vinte e três
Conta a história gaúcha: igual lá nunca se viu
Na praça do povoado, onde hoje mora o bugio
No passo do Catarino, Honório Lemes cruzou
Lá pelo Nico Bonito com sua tropa acampou
Hortêncio Rodrigues seguiu, conforme o planejado
Com quase trezentos homens, no rumo do povoado
Resquícios de uma revolta, que foi em noventa e três
Do mártir João de Deus e do Inácio Cortes
Agora chegada a hora, com ânimos acirrados
Com prenúncio de revanche pra resgatar o passado
Um maragato campeiro foi encilhar o cavalo
Na espreita os borgistas, na madrugada o pialaram
Mas já no clarear do dia o confronto encarniçado
No fio do aço e na bala muito sangue derramado
Os maragatos investiam de peito aberto peleavam
Ximangos entrincheirados, nem com reza se entregavam
Assim registra os anais sobre o confronto ocorrido
Destemidos sobrevivem, mesmo que tenham morrido
Hoje descansam, os tauras, no campo santo da história
E São Chico guarda todos, preservando esta memória
Que o povo siga peleando, defendendo os ideais
Armados com a palavra mas revoltas nunca mais
Ivo José Patias Setembro 2013
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