O Rio Grande do Sul acaba de declarar oficialmente o ritmo bugio como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado. A decisão vai ser formalizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE) no dia 12 de agosto, em cerimônia no Theatro São Pedro, em Porto Alegre.
O reconhecimento do órgão ligado à Secretaria de Cultura do estado foi resultado de um processo articulado por dois municípios onde o ritmo é referência cultural: São Francisco de Assis e São Francisco de Paula.
Juntas, a partir de uma provocação feita pelo G1 RS, essas cidades mobilizaram músicos, pesquisadores, festivais e a comunidade para a elaboração de um extenso "inventário cultural", comprovando a relevância do ritmo no cenário da cultura gaúcha.
Assim, as cidades que sempre disputaram o título de "berço do Bugio", uniram esforços em torno de sua preservação. Acompanhado pelo Jornal do Almoço da RBS TV, o início dessa integração aconteceu em São Francisco de Paula, em março de 2022.
De origem popular e raízes controversas, seu nome remete ao som grave do macaco bugio, presente na fauna do Sul do país. Segundo pesquisa do pecuarista e historiador Israel Da Sóis, uma das versões para a origem do ritmo seria um ritual sexual entre indígenas e tropeiros.
Além do ritmo musical dançado nos bailes gaúchos, o bugio também se manifesta em danças, festivais como o Ronco do Bugio (em São Francisco de Paula) e a Querência do Bugio (em São Francisco de Assis), cidade onde exemplares da espécie animais habitam a principal praça da localidade. (G1 RS)
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